só faltava o BATOM puta vermelho sangue pelo corpo que dança livre entorta quebra na lua cheia os lobos saem a caça a procura de uma presa qualquer suas garras imundas prepotentes de quem se acha no direito de te agarrar te violentar a força que mora dentro despenca sem chão travada sem explicação em volta daquele espaço seguro REVOLTA ELA MUERTA acalanto nos braços dela bela mulher pelos seios escorrem as lágrimas de uma travesti pela falta um buraco que ficou ainda mais dilacerado pela covardia de um macho ainda tenta cicatrizar
RENNA KOSTA é transartivista. Em poesia despeja desejos, denúncias e afetos através de sua corpa travesty.
Este texto da autora foi publicado originalmente no livro Nossas Cores: (RE)Configurando afetos e existências. Clique aqui para comprar.